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Thiago Ackel Mundano
BrasilAshoka Fellow desde 2015

Thiago Mundano criou o Pimp My Carroça, movimento que usa o grafite, a arte e as mídias sociais virais para dar visibilidade e dignidade aos catadores de lixo no Brasil, importantes mas marginalizados recicladores. Sua iniciativa já está produzindo mudanças culturais legais na forma como esses trabalhadores são tratados e dá às pessoas uma plataforma para fazer parte da mudança por meio de eventos replicáveis.

#Meio Ambiente e Sustentabilidade#Desperdício#Coletor de lixo#Reciclando#Seletor de lixo#Recolha de resíduos#Gestão de resíduos#Sociologia#São paulo

A Pessoa

Thiago praticava caratê desde cedo, conquistando a faixa-preta, que, segundo ele, influenciou sua ética e determinação. Depois que ele parou de praticar caratê, ele percebeu que precisava de uma nova válvula de escape para sua energia, então começou a grafitar. Essa forma de arte concedeu a Thiago uma perspectiva distinta sobre a cidade, permitindo-lhe conhecê-la de novos ângulos, e o levou a lugares onde as pessoas não costumam ir. Ele sempre escolheu mensagens e designs que encorajassem as pessoas a refletirem sobre seu papel na resolução de problemas sociais. Os grafiteiros geralmente procuram os melhores lugares para mostrar suas técnicas distintas e usam uma caligrafia que às vezes é difícil de ler. Já Thiago buscou se conectar com o contexto e dar voz a um problema social relacionado ao lugar. Em 2007, a prefeitura de São Paulo implantou o projeto Cidade Limpa, que incluiu a retirada dos grafites da cidade, cobrindo-a com tinta cinza. Thiago começou a pintar essas paredes cinzas, que seriam pintadas no dia seguinte, escrevendo mensagens para quem removeria seu grafite. Quando esse graffiti começou a ter uma presença marcante nas redes sociais e outras redes de mídia, ele percebeu que as pessoas estavam ouvindo e que isso poderia ser uma ótima ferramenta de comunicação para dialogar sobre os problemas sociais. Conhecido por sua criatividade e humor, a foto de uma de suas pinturas foi compartilhada no Facebook 200.000 vezes em um dia. Como graffiti e coleta de lixo são atividades que acontecem na rua, Thiago teve a ideia de pintar uma carreta de coleta de lixo. Ao contrário das paredes, a cidade não poderia apagar a tinta do carrinho e ele viajaria pela cidade, aumentando ainda mais a exposição da mensagem. Ele percebeu que essa arte também impactava positivamente os catadores de lixo: aumentava a interação desses trabalhadores com outras pessoas, diminuía o preconceito e melhorava sua autoestima, tornando-os mais felizes e confiantes no desempenho de suas atividades. A partir daí, Thiago começou a pintar carrinhos e perguntava o que os catadores de lixo gostariam que tivesse escrito em seus carrinhos. Ao interagir cada vez mais com os coletores de lixo, ele percebeu que precisava fazer mais do que pintar; ele também precisava trazer segurança e dignidade ao trabalho. Foi assim que decidiu ampliar o leque de serviços que os colecionadores mereciam, e também tornar sua ideia coletiva, por meio do Pimp My Carroça. Thiago reconhece que este é um problema global, então ele prevê que seu legado seja global.

A Nova Idéia

Apesar de os catadores contribuírem com um grande serviço público ao coletar 90% dos resíduos que são efetivamente reciclados no Brasil, eles não são reconhecidos ou compensados. Em vez disso, encontram-se em situação precária, sem carteira de trabalho assinada e vivendo dos materiais que recolhem na rua e no lixo. Para resolver isso, Thiago Mundano criou o Pimp my Carroça (carroça é a carreta usada para a coleta de lixo), um movimento que visa dar visibilidade aos catadores por meio da arte e da participação popular, e com isso valorizar e dignidade seu trabalho. Pimp my Carroça consiste em um evento de um dia onde todo catador autônomo pode participar e receber consultas gratuitas de saúde, psicologia e estética. Enquanto isso, seus carrinhos recebem melhorias estruturais, itens básicos de segurança, bem como sua própria reforma, ou "cafetão", por grafiteiros que transformam os carrinhos em peças de arte móveis. Os artistas pintam bordões e imagens nas carroças para aumentar a autoestima do colecionador e melhorar os carrinhos, que não são apenas sua fonte de renda, mas às vezes seu único bem. Os projetos arrojados também dão mais visibilidade aos catadores e aumentam sua interação com outras pessoas, literalmente dando uma cara ao seu trabalho e até reduzindo preconceitos contra os catadores, comunidade marginalizada. O projeto invade as ruas de forma criativa e divertida, repensando a ocupação dos espaços públicos e estimulando a sociedade a refletir sobre hábitos de consumo e desperdício. O evento também promove o graffiti como ferramenta para mensagens sociais, ao mesmo tempo que estimula o trabalho social, a cooperação e a colaboração. Para aumentar o impacto de seu projeto e difundir a ideia pelo país e pelo mundo, Mundano desenvolveu uma estratégia de compartilhamento de sua inovação social: a Pimpex. Inspirado no TEDx, o Pimpex é uma versão independente do Pimp my Carroça que permite que qualquer pessoa no Brasil abra uma campanha de crowdfunding e arrecade dinheiro para criar um evento de "cafetão" de carrinhos e oferecer diversos serviços aos catadores de lixo. Thiago criou um kit de apoio para ajudar os cidadãos a organizar o evento Pimpex, incluindo livretos e todo o material necessário. Thiago imagina que a reciclagem se torne um trabalho digno e valorizado e agora está trabalhando para influenciar políticas públicas para ajudar a pavimentar o caminho. Em São Paulo, ele está em diálogo com a Prefeitura para permitir que catadores usem as ciclovias recém-criadas da cidade, o que daria maior segurança aos catadores que atualmente estão sendo expulsos dessas pistas pela polícia e forçados a circular de forma insegura pelo meio. de carros. Em dois anos de trabalho, Pimp my Carroça já pintou mais de 250 carrinhos em 11 cidades de 7 estados do Brasil - com edição internacional em Lima, Peru - graças ao apoio financeiro de mais de 1315 patrocinadores e à mobilização de mais de 780 voluntários.

O problema

Embora os catadores coletem cerca de 90% do que é efetivamente reciclado no Brasil, eles não são reconhecidos ou pagos por esse trabalho. As condições de trabalho dos catadores são perigosas: eles usam bolsas e carrinhos puxados por humanos ou animais, muitas vezes no trânsito de veículos pesados, e estão sujeitos a riscos à saúde pelo manuseio do lixo. Eles são marginalizados socialmente, em um trabalho invisível e desagradável; a maioria das pessoas não tem conhecimento da contribuição dos catadores para a reciclagem e a limpeza geral das cidades. Aproximadamente 390 mil brasileiros se declaram catadores; no entanto, essa estimativa é conservadora, pois muitas outras não informam sua coleta de lixo, seja por não ser sua única fonte de renda, seja pelo preconceito e estereótipos negativos da ocupação. Muitas cidades não possuem uma política oficial de separação e destinação do lixo, portanto, sua destinação ambientalmente correta depende exclusivamente do trabalho dos catadores. No entanto, os coletores não contam com infraestrutura para tal. Em São Paulo, são 16 mil carrinhos de coleta de lixo. No entanto, embora ônibus, táxis e bicicletas tenham caminhos designados, os carrinhos de coleta compartilham as ruas com os carros, que tendem a não mostrar respeito por seu espaço, tornando o trajeto dos catadores perigoso. Em muitos casos, os municípios proíbem totalmente a circulação de carrinhos nas vias públicas. Em São Paulo, a prefeitura remove carrinhos que não estão devidamente estacionados, mas não há vagas designadas para carrinhos. Isso significa que a única posse de um catador pode ser tirada deles a qualquer momento. Principalmente como resultado da Política Nacional de Resíduos Sólidos, promulgada em 2010, algumas políticas públicas foram criadas para incluir os catadores de lixo nos sistemas municipais de reciclagem. No entanto, isso só se aplica aos catadores de lixo organizados em cooperativas e associações. A grande maioria dos coletores são autônomos e, portanto, raramente incluídos nessas políticas. Além disso, como os catadores autônomos trabalham informalmente, eles estão sujeitos à exploração por pequenos sucateiros. Como as cooperativas coletam mais resíduos, elas podem vendê-los por um preço mais alto do que os coletores autônomos. Paralelamente, no Brasil, milhões são investidos em contratos de concessão de saneamento público, parcerias público-privadas e investimentos em prol da sustentabilidade ambiental. Esses negócios não chegam aos catadores, porém, nem as empresas consideram esses grandes recicladores como parte de possíveis programas de logística reversa. O trabalho dos catadores de lixo existirá enquanto um país desperdiçar materiais com potencial para serem reutilizados e reciclados. O desemprego é outro fator que leva as pessoas a buscarem materiais recicláveis para vender. Existem coletores de lixo em todos os países do mundo, um número estimado em 20 milhões de pessoas. Os resíduos são uma matéria-prima abundante, pelo que é provável que esta obra continue a existir, mas deve ser reconhecida uma ocupação digna com condições de trabalho seguras.

A Estratégia

Thiago Mundano criou o Pimp My Carroça para dar voz e visibilidade aos catadores, a fim de transformar a forma como são vistos pela sociedade e trazer dignidade ao seu trabalho como gestores ambientais. O Pimp My Carroça começa com um evento público que reúne profissionais e voluntários para atender os catadores de lixo, a maioria sem-teto. O evento acontece nas ruas e tem o formato de um circuito, onde os catadores passam por oito pit-stops. Primeiro, na barraca de boas-vindas, eles se inscrevem, ganham uma camiseta reflexiva do Pimp My Carroça e um crachá para marcar as etapas ao longo das paradas. Na barraca de “check-up”, um clínico os atende; na barraca “cafetão”, os oftalmologistas checam a visão e recebem óculos, se necessário; na barraca “oficina de carroceria”, eles podem fazer uma massagem; na barraca “atualização de perucas”, esteticistas oferecem cortes de cabelo; e por fim, na tenda do “equilíbrio”, uma psicóloga fala com eles. Em seguida, os carrinhos dos catadores são "pimped up" (o nome é uma alusão a Pimp my Ride, um popular programa de TV americano apresentado por um artista de rap que consiste em pegar carros em mau estado e restaurá-los e personalizá-los). As carroças fazem limpeza na barraca do “lava-carros”; na tenda do “ferreiro”, são reparadas e melhoradas as estruturas de madeira e metal, trocados os pneus e instalados os itens básicos de segurança, como buzinas, espelhos e faixas refletoras; na tenda “combustível”, artistas e grafiteiros pintam os carrinhos, tornando-os obras de arte móveis na cidade e, assim, tornando-os visíveis. Além da pintura geral, os colecionadores escolhem uma mensagem para pintar em seus carrinhos. Thiago criou uma narrativa para os catadores de lixo que os retrata como "super-heróis invisíveis" - uma mudança completa na forma como são vistos atualmente pela sociedade. Exemplos de mensagens incluem: “meu carro não polui”, “respeito à reciclagem” ou “um catador faz mais pelo meio ambiente do que um ministro do Meio Ambiente” (este último conseguiu uma reunião de Thiago com o ministro do Meio Ambiente). Os números de telefone dos catadores de lixo também estão pintados nos carrinhos, permitindo que aumentem a quantidade de material que coletam e, portanto, sua renda. Por fim, o colecionador também recebe equipamentos de segurança, como calça refletiva, capa de chuva e luvas especiais. A última etapa do circuito é “Carroceata” (combinação de “carrinho +“ desfile ”), uma exibição móvel dos carrinhos pimped. Os carrinhos não são puxados pelos catadores, mas sim pelos voluntários, que podem vivenciar o esforço físico que os catadores realizam todos os dias. Na primeira edição do evento, o desfile terminou em frente à Prefeitura, onde foi lido o Manifesto Pimp e entregue ao Prefeito de São Paulo. Embora muitas das mudanças no nível da superfície ocorram durante o evento, os efeitos do Pimp My Carroça são mais duradouros. Com seus carrinhos agora móveis, peças de arte, autoexpressão e publicidade, os catadores relatam que estão mais confiantes e ainda mais felizes no trabalho. Além disso, as carroças coloridas aumentam sua visibilidade na cidade de forma divertida e às vezes bem-humorada. Com os carrinhos para iniciar a conversa, mais pessoas interagem com os catadores, contribuindo para sua humanização e diminuindo o preconceito com o grupo estigmatizado. Além disso, o projeto brinca com o uso do espaço público. A arte estimula a reflexão sobre os temas consumo e desperdício em todos os setores da sociedade, promove a expressão e o engajamento do grafite em causas sociais e estimula o trabalho colaborativo. Além disso, os catadores que estão cadastrados e precisam de acompanhamento médico recebem acompanhamento da equipe do Pimp my Carroça. Os voluntários envolvidos com os coletores muitas vezes também acabam apoiando-os pessoalmente. Thiago acredita na participação do cidadão na transformação social. Assim, a sua atividade inicial foi viabilizada através do crowdfunding. Por meio desse engajamento consciente de outras pessoas, o Pimp My Carroça se tornou um movimento que envolve centenas de pessoas. Para se engajar ainda mais e replicar a iniciativa além do que ele mesmo pode fazer, Thiago desenvolveu uma estratégia de compartilhamento de sua inovação social. Ele criou um canal de crowdfunding online do Pimp My Carroça para que qualquer pessoa possa produzir uma edição menor do projeto de forma independente; isso é chamado de Pimpex (inspirado no TEDx). A plataforma permite que qualquer pessoa abra uma campanha de crowdfunding e arrecade dinheiro para criar um evento que "cafete" pelo menos um carrinho e ofereça serviços aos catadores. Um kit de apoio Pimpex vem com todos os materiais necessários para o evento. Um ano após a criação da Pimpex, participaram 61 catadores em 11 cidades do Brasil. A iniciativa já se tornou referência para outros projetos com catadores de materiais recicláveis, e os organizadores são frequentemente procurados para entrevistas, projetos acadêmicos e outras atividades. Desta forma, o projeto está em constante evolução, adaptando a sua atividade a outros contextos. Thiago também organizou o evento “Pimp Our Ecopoint” para revitalizar este espaço e impulsionar os catadores de lixo que frequentam os locais de descarte público voltados para resíduos recicláveis. Outro, o “Pimp My Cooperative”, não só revitalizou os carrinhos dos catadores da cooperativa, mas também a própria cooperativa, para torná-la um espaço de trabalho melhor. Thiago também está desenvolvendo um aplicativo onde os catadores podem se cadastrar para se conectar com as pessoas que querem reciclar o lixo. Por estar ciente de que este é um problema global, Thiago planeja descobrir catadores de todo o mundo e coletar suas fotos online por meio de uma hashtag e criar uma consciência global sobre o assunto por meio de uma exposição global de fotos sobre catadores . Como o primeiro objetivo do Pimp my Carroça é dar visibilidade aos catadores, o projeto tem forte ênfase na comunicação via redes sociais e na mídia, convidando a sociedade civil a se engajar com o assunto e refletir sobre a importância dos catadores tanto para limpeza e reciclagem nos municípios. A página de Pimp no Facebook tem mais de 19.000 seguidores. A iniciativa tem gerado mídia espontânea, inclusive nos principais veículos do país, e nesse trabalho com a mídia Thiago aproveita para apontar a diferença entre recicláveis e lixo para mudar a forma como a sociedade vê esse lixo - uma matéria-prima com valor econômico - e aqueles que trabalham com ele. O modelo da equipe Pimp My Carroça é de autogestão; as decisões são tomadas de forma horizontal e todos são motivados a contribuir com base nas suas capacidades e no papel que desejam desempenhar no âmbito de cada projeto. Para tal, são utilizadas ferramentas virtuais abertas e partilhadas ao nível da gestão e da produção, garantindo uma maior participação exterior da equipa de quatro colaboradores aos parceiros e voluntários. Embora a equipe seja pequena, o projeto tem uma grande rede de pessoas envolvidas que o acompanham e se envolvem com as oportunidades que surgem. Thiago imagina que o trabalho de reciclagem seja valorizado, mais bem pago e realizado com dignidade em todo o mundo. O Pimp My Carroça está envolvido na geração de mudanças nas políticas públicas, tanto de curto quanto de longo prazo relacionadas ao tema. Thiago e sua equipe co-desenvolveram o Manifesto Pimp com catadores de lixo em 2012; já foi distribuído a vários políticos importantes, como Dilma Rousseff e Lula da Silva, os atuais e ex-presidentes do Brasil, e Fernando Haddad e Gilberto Kassab, os atuais e ex-prefeitos de São Paulo. Embora isso ainda não tenha gerado resultados concretos, os políticos já estão cientes da situação de vulnerabilidade em que vivem e trabalham os catadores de lixo, bem como da necessidade de transformá-la. Thiago foi convidado para uma reunião do Ministro do Meio Ambiente para apresentar seu projeto, onde expôs sua famosa frase “um catador faz mais do que um ministro do Meio Ambiente” e passou a discutir políticas de inclusão social dos catadores a serem implementadas no Brasil. Em São Paulo, Thiago está em diálogo com a Prefeitura para permitir que catadores usem as ciclovias recém-criadas da cidade, o que daria maior segurança aos trabalhadores que atualmente estão sendo expulsos dessas vias pela polícia e obrigados a circular pelo meio dos carros. Graças à campanha de Thiago, os próprios ciclistas acolheram bem esta proposta e são a favor de compartilhar os caminhos com este grupo. Nos dois anos em que está operando, Pimp My Carroça pintou mais de 250 carrinhos em 11 cidades de 7 estados e por meio de uma edição internacional em Lima, Peru, com o apoio financeiro de mais de 1.315 doadores e a mobilização de mais de 780 voluntários e 230 artistas. Hoje, há uma notável diferença de reconhecimento e interação entre os catadores de lixo e o público em geral e as instituições públicas, principalmente da cidade de São Paulo. ‘Pimp’ é convidado para eventos de discussão e encontros com movimentos importantes para discutir a questão da inclusão social dos catadores de lixo reciclável. Avanços são vistos também no campo da educação. Os professores estão começando a ligar para os catadores para falar sobre reciclagem em suas salas de aula, e as escolas estão usando os materiais e as fotos de Thiago em seus livros. Um professor universitário cearense realizou um Pimpex e aprimorou a estrutura dos carrinhos com a ajuda de alunos de Engenharia. As escolas estão usando materiais e fotos de Thiago em seus livros. A sociedade agora está vendo mais claramente a importância do trabalho dos catadores de lixo e interagindo com eles na rua, doando lixo. Os catadores de lixo, por sua vez, estão trabalhando com mais segurança e se sentindo mais inseridos na malha urbana da cidade à medida que passam a reconhecer e valorizar seu importante papel nela.